Bari

Situado na extremidade de Corso Cavour, o seu labirinto de passagens aparentemente intermináveis, que serpenteia pelos pátios ao abrigo dos arcos, foi concebido inicialmente para proteger os habitantes do vento e confundir os invasores. Aqui, a vida desenrola-se principalmente ao ar livre e, nas noites de Verão, as ruas enchem-se de pessoas que se sentam lá fora, à porta das suas cozinhas.

Ao chegar ao centro histórico da cidade de Bari, encontra a Basilica di San Nicola, consagrada em 1197 para albergar as relíquias do santo saqueadas um século antes no sul da Turquia e trazidas pelo mar Mediterrâneo. A verdadeira beleza da igreja reside na sua alvenaria, mas o mais surpreendente é o trono episcopal datado do século XII, atrás do altar, uma obra de arte sublime amparada por pequenas figuras oprimidas pelo seu peso. 

 

Ao deixar a costa, os curiosos trulli estão pontilhados pela zona de Murge na região de Puglia. Estas construções cilíndricas caiadas com telhados cónicos cinzentos, rematados em ponta ou esfera, são frequentemente ornadas com símbolos pintados. As paredes grossas também protegem do frio no Inverno e do calor no Verão, ao passo que o calcário local é usado para impermeabilizar os telhados de duas camadas.

Setenta quilómetros em direcção ao interior, Matera, situada à beira de uma ravina na extremidade oriental de Basilicata, data da Idade Média, época em que os monges construíram igrejas e mosteiros rupestres naquela que agora se chama Sassi, uma série intrincada de grutas cavadas nas rochas. Mais tarde, para se protegerem das invasões, os agricultores também se instalaram em Sassi, esculpindo as suas casas, estábulos e estabelecimentos nas rochas, criando assim uma das cidades mais singulares de Itália e o seu aglomerado troglodita mais importante.